23/05/2010

Sobre as taxas de taxativos taxímetros e artimanhas artísticas

Olha o relógio...
-Vou me atrasar, essa porcaria de ônibus que não passa...
Bate o pé, xinga o ônibus, olha para um lado, nada ajuda, olha para o outro, muito menos...
Vem um carro amarelo, faz sinal.
-Amigo, quanto dá até o Centro?
-Uns ciquenta contos...
-Faz quarenta?
-Entra aí...

E assim é ligada uma maquininha infernal e tudo o que ela faz e somar centavos... Que agonia miserável, você está parado, mais vinte centavos, você anda devagar, mais vinte centavos, você anda rápido, muitas vezes vinte centavos...
Não existe viagem de táxi tranquila para mim, não enquanto aquele torturador eletrônico estiver ativo.
(Mas você já não tinha combinado o preço?)
Nem por isso o torturador eletrônico deixaria de ser ligado certo?
Existe uma boa lista de adjetivos para se referir a maquininha, mas poluiria muito esse espaço, então contento-me com... hmm... feia! Pronto, maquininha feia.

E com isso chega de reclamar, afinal já estou no Centro mesmo... ou será que estou?
As coisas são diferentes no domingo, as coisas são mais... mais... fechadas, isso, elas são mais fechadas nos domingos e consequentemente todo o resto é menos agitado.
Nem parece aquele formigueiro que eu tanto adoro (mentira).
Então já que estou aqui... Vou comer!
Ah, espera aí, os restaurantes estão fechados... Hmmm...
Vou comprar um livro!... Fechado. Hmm....
Vou procurar uma exposição de um cara que faz buracos em casas prestes a ser demolidas! Ah.. Isso tem!

Buraco aqui, corte transversal ali, espelho lá, crítica a arquitetura de 1950 acolá, iihh.. outro buraco, cara tomando banho no relógio. Vetor! Vetor! Árvore!
Fumaste? Toma ar puro!

Aaahh... esses artistas, tanta maconha para tão pouca gente...
Mas fica interessante, fazer o que.

Não obstante, mais exposição! Afinal é domingo, e no centro ou você vê exposições ou você é assaltado...

Exposições!

Hmm... essa é um pouco mais peculiar...
Filme, binóculos, termômetro, minhoca, folha de eucalipto apaixonada, revólver, facas, muito amor, muito ódio, pianostra (?), pênis numa concha, destroços com alto falantes...

Uau, essa aí é ainda mais cheia de maconha.

Eu certamente não gastaria 4 mil para fazer um buraco num galpão do cais... Mas tem gente que paga.

Loucos, talvez, mas uma vida sem a veia artística seria um tanto sem graça.
Abrir a mente só um pouco para entender uma mensagem encriptada numa parede de lixo, ou ignorar o raciocínio lógico para só prestar atenção em sensações é interessante também.

Pelo menos eu acho que sim... Não?

16/05/2010

Sobre alguns dias de antipatia

Escrevo mais uma vez correndo, o tempo é curto (sempre é) e preciso sair logo.
E então? Como resolvo? Simples, faço perguntas retóricas!

Vocês já se sentiram muito antipáticos?
Não posso dizer que todos vocês já se sentiram assim, porque existem uma raça de humanos que gosto de chamar de ultra-simpáticos, que parecem estar sempre dispostos a fazer amizade em qualquer lugar: no supermercado, no ônibus, no ponto, no restaurante, numa fila, no meio de um tiroteio, em qualquer lugar.
Provavelmente ainda não descobrimos vida inteligente em outro planeta porque nunca pedimos para um ultra-simpático tentar se comunicar.

Bom, tirando os ultra-simpáticos, acho que sempre há um dia em que acordamos com pouca vontade de conversar ou com pouca tolerância ao que nos dizem, sim, você acorda antipático!
Um dia que você olha feio, desdenha e responde de maneira malcriada aos mais velhos (que vergonha), xinga com um pouco mais de frequência e fica irritável.
Enfim, você se torna insuportável e o pior: sabe disso.

Aliás falando ficar insuportável, eu não podia deixar de mencionar a maligna multi-significada maldita sigla que tende a assombrar a vida de qualquer homem que convive com/fala/conhece uma mulher...
Vocês conhecem a sigla certo? Tenho um puta medo de escrever ela aqui, sei lá, pode atrair... Mas todos sabem que elas adoram por a culpa na sigla pelos seus choros, gritos, reclamações, homicídios e outros tantos acontecimentos (ou crimes).
Conviver com uma mulher na Época da Sigla é mais difícil que pisar em ovos sem quebrar, minha estratégia é: falar só o estritamente necessário (o que ainda assim pode não dar certo porque você pode acabar falando uma palavra na entonação errada, o que pode desencadear em choro, grito ou homicídio), NUNCA entrar na frente (mas se por acaso entrar na frente corre porque pode acabar em choro, grito ou homicídio), concordar SEMPRE (vocês já sabem o que acontece quando você discorda) e sempre que possível oferecer chocolate (mas aí se ela achar que vai ficar gorda... homicídio direto).

Enfim, não temos muito controle sobre os dias em que vamos acordar com vontade de explodir as pessoas ou pelo menos algumas delas (mas nem por isso temos o direito de fazer isso, certo meninas?), porém esses dias passam, mas se para você meu caro amigo, é assim todo dia, por favor procure um terapeuta ou se for um caso acentuado queira se entregar a um hospital psiquiátrico, pois já temos o bastante de psicopatas espalhados por aí, muito obrigado pela compreensão.

Olha a hora meus caros, estou atrasado... Bem, foi ótimo (não) vê-los novamente, e as conclusões de hoje?
  1. Não se sintam mal por ficarem antipáticos por um dia ou dois.
  2. Mulheres, por favor matem só quando estritamente necessário.
  3. Psicopatas, por gentileza entreguem-se aos hospitais para tratamento.

02/05/2010

Sobre uma pequenina discussão de atração

Nada melhor que uma discussão saudável entre amigos para suscitar temas dignos de menção aqui, por que, é claro, eu faço um processo de seleção muitíssimo rigoroso sobre tudo que é dito nesse espaço. Dá-se da seguinte forma: penso e escrevo. Pronto.

Sempre que eu tento planejar melhor o que é escrito a postagem sai indigna de postagem (lê-se uma m*rda).

Enfim, o tema da discussão saudável: beleza e atração.
Posso apostar que se você possui meio cérebro só de ler o tema já está formulando suas próprias teorias ou pior se você for uma pessoa pensante com muito tempo livre, aposto que tem teses prontas e muito bem estruturadas sobre o assunto.
Agora se você não for uma pessoa pensante... Não que você não seja bem-vindo, mas...
Mentira, não é mesmo, sinto muito.

Voltando, o quanto será que padrões de beleza influenciam nas regras gerais de atração era a pergunta principal.
Adoro essas perguntas, porque eu simplesmente dou minha resposta favorita: depende!

E assim mergulhamos no maravilhoso mar do subjetivismo, de novo, como se vocês já nem esperassem que eu fizesse isso...

Modelos, atores e atrizes, desde muito jovens recebemos alegremente a proposta de beleza apresentada. Mas isso não é novidade, todos vocês já sabem muito bem disto e convivem muito bem com isso... ou não, mas isso é outro foco.
Como eu disse, indagaram-me o quanto isso influencia na atração, pois só uma pessoa muito rebelde para dizer que os padrões sociais de beleza não influenciam em nada.

Alguns prezam mais, outros menos para eles, alguns acham uma tatuagem (ou várias) atraente, alguns dão uma atenção especial ao que agrada o olfato (e me incluo nesse grupo), à características físicas que destoam do padrão, ou até mesmo características psicológicas antes das características físicas, acredito até que após um tempo os padrões se tornam mais triviais.

Pessoas são atraídas por muitas coisas diferentes: pessoas altas, baixinhas, etnias específicas (o batido loiro de olho azul ou uma tara especial pelo negão), pessoas quietas ou agitadas, por animais ou objetos... O que é muito esquisito, porém indiscutível...

Mas como mencionei, depende da educação de cada um, do local, das convicções, enfim de tudo! Não acredito que existe um grau de influencia ao qual estamos submetidos igualmente.
Aliás acho essa afirmação um tanto absurda... Mas tudo bem.

Com isso, beleza e atração podem até estar relacionados, mas concluo que não são interdependentes, ou pelo menos em boa parte dos casos.
Mas e para vocês, caros leitores, o belo e o atraente significam o mesmo?

Pois bem, reflitam e se quiserem me digam, e se não quiserem, que seja....